09 maj 2012

Andra Långgatans Skivhandel....








Göteborg, Andra Långgatan 33

..who said vinyl was dead ?

2 kommentarer:

H.S. sa...

Outras coisas morrerão, cds, dvds, o vinil tem resistido.
Em Lisboa, cada vez em maior número, começam a aparecer lojas que vendem discos de vinil.
Num assomo de breve nostalgia, permito-me alongar o comentário com um texto que um dia li numa rua de dias felizes.

Chamem-lhe saudosismo, melancolia miudinha, o que quiserem, mas nunca mais ouviu música como no tempo do vinil.
Não era só o ouvir, era todo um ritual ligado ao vinil. Afectos e cumplicidades.
Comprar o “LP”, alguém terá que explicar a muitos miúdos o que é um LP, trazê-lo para casa nas capas de papel, em vias de extinção, ou extintas por completo, como esta da Discoteca do Apolo 70, tirá-lo, mirar mais uma vez a capa, algumas belíssimas e surpreendentes.
Sacar o disco para fora. Passar um paninho de veludo para lhe retirar as partículas de pó, colocá-lo no prato do gira-discos, escolher uma faixa e, delicadamente, deixar cair o braço da agulha…
Depois o ritual de virar o disco, os mesmos gestos.
Sentir que havia uma relação em tudo aquilo, capa, disco, o deslizar da agulha, ao ponto de, até os débeis risquinhos, outros não tão débeis quanto isso, terem encanto.
Aquelas coisas, simples, insignificantes que nos emocionam até aos limites da ternura.
Não foi mais de há 30 anos mas tudo parece perdido numa nebulosa, rodas pretas que marcaram as vidas de muitos, o tempo do Vinil,
Pequenas coisas que fazem toda a diferença. Quem sabe senão é aí, nas coisas que fazem a diferença, que começam os dias felizes. Por vezes esquecemo-nos que a felicidade pode ser o somatório de pequenas coisas que fazem toda a diferença.
O vinil é um objecto de culto, um um “LP” emana calor, um CD é algo frigido, que nos deixa indiferentes.
Parece que se quer voltar aos tempos do vinil, há uma procura por parte de gente nova que percorre as casas especializadas.
Pode-se voltar ao culto e ao bom gosto?
Pode-se voltar atrás?
O que foi não volta a ser, disseram-lhe outro dia.
Fizeram-se diversas experiências e as conclusões a que chegaram apontam que o som do vinil é melhor, mais puro, a música ouve-se de uma outra maneira. É o que sente porque de tecnologias não percebe…

Julio Amorim sa...

Bem apanhado caro H.S....esta coisa do “ritual” é uma grande parte do gozo do vinil. E conheço bastante gente jovem que já adquiriu o seu gira-discos da ordem. Rapaziada que facilmente “carrega” qualquer musica para a computadora em poucos minutos….mas que se rendeu a este ritual do vira o disco, olha para capa e lê os textos. E não esquecer que ….qualquer grupo/artista de hoje que se preze faz uma tiragem vinil das suas novas músicas. Ou me engano muito ou o vinil está mesmo de volta….para bem daqueles que gostam mais de escutar música….de que consumir a mesma.